sábado, 8 de janeiro de 2011 - Postado por Kamila Silva às 09:39
Sempre me disseram que eu precisava ver além das decepções, além do mundinho fechado da razão e do premeditado. Que nada era na hora e no modo que eu queria por um motivo, e quando eu perguntava qual, eles apenas diziam "um motivo maior". Nunca gostei desses motivos sem nome, digo, nunca gostei de nada que eu não pudesse nomear corretamente. Nada que não pudesse pesar os prós e contras, ou nada que simplesmente pudesse solucionar ou desistir de vez. Desisti de tantas coisas apenas por temer o desconhecido. Desconhecido este que me fez odiar a palavra mudanças. Mudanças, algo que eu podia nomear, mas não controlar ou argumentar. Entretanto, sempre fui péssima nos argumentos. E neste texto irracional, apenas informo como lembrete a mim mesma que um pequeno fato pós mudança é bom, pois mesmo que algo não tenha dado certo, há posivelmente este lado positivo depois. Pelo menos um, pelo menos meio. Ou até um quarto, mas bom.
Assuma que sorriu neste dia, que deixou os dedos deslizarem pelo teclado de uma meneira que não fazia a dois anos - quase uma eternidade - e que mesmo que nada tenha saído como planejado, ainda houve um motivo maior. Apenas um motivo, maior.