domingo, 30 de outubro de 2011 - Postado por Kamila Silva às 13:23
Foram algumas tantas páginas essa semana (o livro chegou na terça) durante o percurso até a faculdade, com o sol batendo no rosto e tudo,  mas realmente posso dizer que o ápice da leitura foi nessa virada de madrugada de sabado em que, ao não saber mais o que era noite e o que era o dia, enganada pela luz artificial da sala, eu terminei "Um dia", de David Nicholls. É, eu realmente sou ré confessa ao afirmar que chorei e sim, plenamente eu gostaria de começar uma resenha com "Dex e Em, Em e Dex" que tanto marcou nesse romance. Mas sei que sou péssima com resenhas - e atualmente com qualquer escrito mais que um paragrafo (Hei, o fato de Em escrever lhe parece um argumento?), no entanto, também não queria meramente copiar uma das bens escritas que li durante esse domingo.
O que posso dizer? Mal conseguia parar de ler, o modo que era escrito envolvia plenamente e mesmo sendo apenas um dia de cada ano, parece que vivenciei os vinte anos contados de forma latente, nada tediosa e quase com um aperto sufocante no peito. Quis brigar, bater e socar a cabeça de Dex varias vezes na parede para ver se ele acordava em alguns momentos e tantas outras o acalmar e dizer que ele ficaria bem, tremi de medo com meu próprio futuro instigada pela ficcional, mas realmente real, vida da Emma após a faculdade e suspirei incrédula com o final, meio que torcendo para que meus olhos não estivessem realmente lendo aquilo. Podia ser alucinação após uma madruga inteira lendo sem trégua não? Mas não era, triste, porém ainda genial.
Encantei-me completamente pelos dois, torci mais do que podia e levarei ambos comigo por um bom tempo. (de preferência ignorando completamente aquela gerente do café.  -.- Hunft!) Isso sim é fato!
E, a propósito, que diferença que pode fazer um dia, não?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011 - Postado por Kamila Silva às 07:01

Líder militar rebelde diz que ex-ditador líbio Gaddafi está morto, foi a noticia que li na Uol, e com a mesma rapidez da manchete, pensamentos como "Menos um no mundo" veio a mente. Então, como uma súplica de não pensar em apenas menos um ditador (a la episódio de House), fui ver quem de fato era Gaddafi, sim, de certo era um ditador, em meio a nossos pensamentos ocidentais podia ser classificado como um sacrilégio ao  poder da Democracia já que estava a mais de quarenta anos no seu dito cargo. No entanto, será que seus crimes foram mais hediondo do que a forma que foi morto? De que tantos são mortos pelos Ocidentais em sua Guerra contra o terror? Pois perdoe-me os americanos (que nesses 42 anos de poder estiveram basicamente o apoiando pelos interesses petroliferos na Libia), mas aquelas fotos não parecem nada "democráticas". Enfim, o que realmente estava a pensar era o quanto parecemos programados com as informações da mídia e ideais capitalistas que não nos permitimos uma única vez analisar os ideais deles, de  como toda vez assentimos com a  cabeça das atitudes de nossa "democracia" (tipicamente americanizada) e nos deixamos levar nesse nosso sentido de justiça tão distorcido. Estranho, não?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011 - Postado por Kamila Silva às 05:37
“ Vou te dizer algo que você já sabe: o mundo não é um arco íris. É um lugar ruim e duro. Não importa o quão forte seja, vai colocá-lo de joelhos e vai deixá-lo lá. Ninguém vai bater mais forte que a vida. Mas não importa como bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar tocando. O quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha! Se você tem valor, busque o que é digno de você. É preciso estar disposto a apanhar e não levar dedo na cara, dizendo que não é o que deseja por causa de ninguém. Covardes fazem isso e você não é assim! É melhor que isso!”
Do filme Rocky Balboa (e lembrado pelo blog Mulherão)

sábado, 15 de outubro de 2011 - Postado por Kamila Silva às 17:41
E eu que queria utilizar esse blog como um repertório, algo como um acompanhamento de tudo que me cerca, quase um diário sem "meu querido diário". Teria minhas fotos, meus textos, experiências e noticias que marcaram... Deve ter dado certo por uma semana. No entanto agora é quase mais um utencilio inutil. Poderia ser fatalmente hipocrita afirmando que isso vai mudar, mas convenhamos que tento mudar em tudo, mas nada parece de fato acontecer por mais de, bem, uma semana. Rá!
De verdade verdadeira sei que não escrevo nada a tempos, não só aqui, e se considerar  que o ultimo conto da médica está plenamente ligado ao fato de assitir House demais, ainda tera mais tempo ainda. As vezes temo que a Ana tenha morrido, melhor, partido, já que pseudonimos e personagens de certa forma não morrem. Que, não sei, deu lugar a dita adulta Kamila Silva, trabalhadora e estudante de Arquitetura (Aiquetortura muitas vezes!), a racional que beira ao insamo emocional; a que foi Ana tantas vezes que agora acha que, ou perdeu tudo a não ser mais ela, ou simplesmente não sabe ser quem é de fato.
Sem cores alaranjadas, sem conversas inteligentes e sem meus escritos... Sem minha graça.
Eu sei, nunca fui Clarice, nunca fui nem tão mediana escritora, mas, pateticamente, eu  era uma. Agora não desenho, acredite quando digo que não considero planta baixa um desenho, não escrevo e não amo. A nuvem artistica que diziam me rondar se esvaiu assim que o primeiro mestre academico me olhou. Assim sendo, me condeno na metade das vezes ao pensar que não me esforcei tanto quanto devia, nas outras me enxergo com os olhos de todos que me cercam e vejo apenas a garota, qual é, a moça de vinte anos neurótica e sem vida social. Não é uma bela visão. Sei que sou viciada no perfeccionismo, sei que pode ser que ele não exista, mas não sei, digo, desesperadamente não sei, como não tentar te-lo. Algo tinha que fazer sentido, juro que tinha, mas nada,
Talvez eu consiga passar o primeiro ano sem nenhum exame, talvez eu va um mes inteiro trabalhar sem ter uma crise e de repente, só de repente, eu consiga escrever, já será o bastante? Dúvido muito... Procuro algo que eu sei que não vou encontrar e, em tal dimensão, me faz enteder que já não acredito em milagres. Em uma comparação de humor negro diria que são como doenças graves e desgraças, parecem que nunca ira acontecer com a gente - até que acontece, minha mente quer completar a frase, talvez ainda me reste inconscientemente um pouco de esperança. Acreditar em Deus causa essas coisas... Agora lágrimas me vem aos olhos e sei que é por analisar isso, temo fracassar nisso também. Mais um elo na perfeição que eu não atinjo.
 Não acredito em boa parte da Igreja católica a qual fui criada, não vou a missa por ser apenas um templo e não devo confessar a, não sei, uns dois anos, digo, não com um padre pelo menos, pois acredite, Deus deve estar de saco cheio de me escutar a noite. Mas, céus, eu realmente acredito Nele e quando minha razão tenta mais uma vez me derrubar isso, quando ela tenta trair meus pensamentos, rogo a fortaleza que eu seja mais forte, preciso Dele mais do que confesso. Acredito que o mundo inteiro precisa, a propósito, é a ponderação, o algo maior, o único sentido. Assim o vejo, não sei se como um homem, não sei se em tantas outras formas que ele assume nas outras religiões, mas um Deus supremo que faça com que tudo tenha sentido, razão e porque.
Ual, começamos com uma analise da inutilizade desse blog e chegamos a Deus, incrivel como se pode pensar em nada e de repente virar uma analise de vida tão repentinamente. Mas, e dai, o que vai acontecer a partir de agora? Uma luz surgira e resolvera tudo? Qual é, sabemos que não... Ainda vou acordar amanhã tarde, passar um domingo como outro qualquer e continuarei a tentar escrever, desenhar e imaginar, então chegara segunda feira que me desligara de uma coisa ou outra e acionara o outro compartimento das intenções, vou ser boa funcionaria e me dedicarei novamente ao apice nas aulas, terei algumas conversas futeis, vou fingir que não me importo com muita coisa que me cerca e sorrirei intesamente com as pequenas coisas que realmente me parecerem boas. Essas pequenas coisas andam salvando minha sanidade, fato. Voltando a Deus, sei que ele sabe de todos os meus pedidos, e espero egoisticamente, que saiba de todos os meus agradecimentos também. Fica dificil escrever, mas espero que saibam que não sou tola o suficiente para me classificar de infeliz, tenho graças e como tenho, mas como humana, e no caso, ainda por cima, perfeccionista patológica, sempre analiso as falhas. Mais um defeito? Que diferença faz?
Resmungo por alguns segundos e proclamo a mim mesma que esse texto já esta grande demais, o pacote de bala parece no fim. - Viu? Eu sempre digo que sou uma viciada em potencial, imagina se no lugar dessas balas tivessem cigarros, bebida ou até drogas?  Fui Ana aos onze anos e desde então tinha meu lugar de escape na imaginação e por mais duro que seja não ser, ou achar por então não ser mais Ana, não quero ser burra o suficiente para fugir nesse outro meio. Haveria mais erros depois, e adivinhe só, odeio errar. Assim, como pateticamente irei terminar esse texto-barra-desabafo sem nenhuma outra frase espetacular, obrigo a utilizar um clichê bem demodê, porém bem utilizado no meu caso: Um dia de cada vez.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011 - Postado por Kamila Silva às 08:40
"Eu não vou louvar valores,
Dos nossos amores as dores eu não vou contar,
O peito trajado de dores
A boca tragando rancores
E a dúvida não será onde chegar.
Brincando de ser e estar apenas,
Eu não sou Chico mas quero tentarMais cenas, dezenas, centenas, sentadas, safadas, saradas, sanadas, sapatas, perdidas, famintas, gigantes, pequenas"

(Eu não sou Chico mas quero tentar - Teatro Mágico)