quarta-feira, 23 de março de 2011 - Postado por Kamila Silva às 09:30
Elizabeth Taylor encarnou uma verdadeira rainha de Hollywood, de uma beleza tão estonteante quanto seus incríveis olhos violetas, e ficou tão famosa pelo relacionamento tempestuoso com o ator galês Richard Burton e seus oito casamentos como pelo ótimo desempenho de atriz, que lhe rendeu dois Oscar.
A vida da atriz teve tanto drama quanto seus quase 50 papéis no cinema e despertou muito interesse do público, que sempre acompanhou os detalhes de sua vida amorosa e de sua batalha contra o álcool e os remédios.
Os últimos anos da atriz de "Quem Tem Medo de Virginia Wolf?" foram marcados por graves problemas de saúde, mesmo assim ela era ativa na organização, junto com o amigo Elton John, de eventos pomposos para arrecadar milhões de dólares para pesquisas sobre a Aids.
Apesar das poucas aparições públicas nos últimos anos, ela foi uma das poucas estrelas a comparecer ao funeral do amigo e cantor Michael Jackson em julho de 2009, período no qual começou a usar uma conta no Twitter para expressar reflexões sobre o ídolo pop e manter informados os fãs sobre os problemas médicos.
"Você não pode chorar nos ombros de diamantes e diamantes também não aquecem você à noite, mas eles são com certeza divertidos quando o sol brilha", escreveu em um de seus primeiros posts no serviço de microblog, em 2009.
Em 2004, ela declarou à revista "W": "Meu corpo é um desastre". No mesmo ano, ao ser questionada se temia a morte, ela foi enfática: "Não, realmente não".
Nas últimas entrevistas concedidas, ela se referiu a Richard Burton, com quem se casou duas vezes, como sua alma gêmea.
"As pessoas devem pensar: 'Meu Deus! Ela continua viva?'", brincou na ocasião. "Mas há uma certa resistência em mim que faz com que continue lutando."
Ela expressava seu entusiasmo também no Twitter: "Aproveitando a vida com todos os seu inúmeros presentes. Sempre há algo para nos levar adiante!"
Elizabeth Taylor, acostumada a ser motivo de fofocas pelos tórridos romances, vivia praticamente sozinha em sua mansão do exclusivo bairro de Bel Air, em Los Angeles.
"Aprendi a estar sozinha. Estar sem alguém não significa estar sozinha. Tenho grandes amigos, filhos e netos. E muitas recordações maravilhosas", comentou.
Ao ser questionada sobre os períodos mais felizes, a atriz apontou dois: os anos que passou ao lado do segundo marido, o produtor Michael Todd ("Volta ao Mundo em 80 Dias"), de quem ficou viúva em 1958, e depois com Burton, com quem se casou duas vezes, a primeira em 1964 --com duração de 10 anos--, e a segunda em 1975, com duração de um ano. "Pensei que nunca iria me recuperar, nas duas vezes", disse.
Em entrevista a Larry King, na CNN, em maio de 2006, ela comentou sobre o início da amizade com Michael Jackson.
"Eu fui a um show e eu não conseguia enxergar nada, estava muito lá em cima. Eu estava com outras 30 pessoas. Nós decidimos ir embora para ver na televisão. Michael percebeu que eu fui embora e me ligou no dia seguinte chorando por que eu tinha ido embora. Então começamos a passar muito tempo juntos e viramos melhores amigos. Nós somos muito parecidos, temos infâncias terríveis", disse.
Sua última entrevista foi à socialite Kim Kardashian, na revista "Harper's Bazaar", em fevereiro deste ano.
"Eu nunca planejei ter um monte de jóias ou maridos. Para mim, a vida aconteceu, assim como acontece para todos. Eu fui muito sortuda ma minha vida que eu conheci o amor, e é claro que eu sou a guardiã de coisas incríveis e lindas. Mas eu nunca me senti mais viva do que quando via meus filhos felizes com alguma coisa, ou quando vi um grande artista se apresentar, ou quando comecei a lutar contra a AIDS no mundo. Siga suas paixões, siga seu coração e as coisas que você precisa virão", disse Taylor na ocasião.

 (Materia retirada do site da Uol, feita por France Presse)

Postado por Kamila Silva às 17:53
Engraçado, o mundo todo parece estar apenas pensando nisso: Homens, amor e sexo... O mundo inteiro, mesmo. De fato, as músicas, os filmes, os livros dizem isto diarimanete, das mais diversas formas, dos mais variados compreendimentos e extensões sobre o tema e no entanto, nunca nos cansamos, nunca decidimos que a moda virou e que, de repente, talvez aquilo e tal era mais importante. Sabe o que mais? Odeio demais estar aqui falando sobre isto, por fazer parte desse mundo e tremer cada vez que um garoto interessante me sorri.Odeio me importar com isso e com aquilo também.  É tão lamentável.
 Queria ser amante de Proust e Almodavar, porém tudo que consigo é ficar irritada com o meu telefone que não toca, com o meu corpo que suplica por um momento de desintoxicação e com aquela foto lamentável que não diz nada além do nada. Leio livros ignorados pelos ditos cults, sou péssima em entender filmes, não sou boa de ouvido para desvendar músicas, não sei nada de hqs ou videogames, no entanto, engano bem. Digo, você acha que eu sou uma garota comum? Não, você pensa por um instante e até acredita naquela meninas quieta, tomando seu café preto e esperando pelo próximo filme do russo desconhecido. Mas não, eu não sou ela. Mas também não sou a garota bonita, ou ao menos bonitinha, que chamara sua atenção com uma camiseta e um rabo de cavalo. Certamente nem chamarei sua atenção, e me odeio por isto. Não por que o cinza me cai muito bem, mas por que eu me importo de como ele fica em mim. De como eu assisto a Tv e seriados americanos, como sou péssima com argumentos e como não consigo me imaginar em qualquer outra situação que não seja no minimo o cúmulo do ficticio. Éngraçado, o mundo inteiro pensa em homens, amor e sexo. Eu faço parte do mundo. Eu penso nisto, mas a liberdade e o alivio não vem depois da confissão. Vem a confusão ritmada de não entender quem eu sou, com o que me importo e o que vou fazer.
Sério, pensar apenas em homens, amor e sexo deve ser bom... e fácil.

sábado, 5 de março de 2011 - Postado por Kamila Silva às 08:57
Suspensão de "Aline" reforça caretice e condena a ousadia
Programa era raro ponto fora da grade previsível e conservadora da TV brasileira

MAURICIO STYCER


A suspensão da série "Aline", de forma abrupta, no meio da segunda temporada, nesta semana, diz muito sobre o momento de caretice que impera na Globo e, em última instância, na televisão aberta brasileira.
Não que fosse um programa revolucionário, mas era um raro ponto fora da curva em uma grade previsível e conservadora.
Fato pouco comum, a série foi criada a partir de matéria-prima brasileira -a tirinha debochada assinada por Adão Iturrusgarai e publicada na Folha - e não por "inspiração" ou imitação de seriados americanos.
A história da menina com dois namorados, vários amantes e hábitos nada ortodoxos sofreu forte desidratação ao chegar à televisão, mas mesmo assim conseguiu transmitir um raro frescor.
Um dos achados foi a escolha da solar Maria Flor para ser a protagonista. Mais importante ainda foi o tom encontrado para narrar a saga.
Na TV, o trio formado por Aline, Otto e Pedro ganhou um registro mais infantil e bem-humorado, mas não menos ousado e fora dos padrões do que o visto nas tirinhas. Foi a forma encontrada, creio, para tornar o programa aceitável, ainda que no fim de noite, a um público potencialmente mais conservador e menos informado.
Exibida entre outubro e novembro de 2009, "Aline" mereceu uma segunda temporada no início de 2011. Sinal de que foi aprovada.
Oito episódios foram gravados de uma vez, ao longo de um mês, e começaram a ser exibidos em fevereiro, com previsão de encerramento no final de março.
Dias depois da exibição do quarto episódio, o jornalista Flavio Ricco, do UOL, revelou que a série seria suspensa, deixando na gaveta três programas prontos.
Foi interessante observar como essa notícia repercutiu dentro das Organizações Globo. Primeiro, na terça-feira, 1º de março, o site do jornal "Extra" informou, em tom de deboche: "Série moderninha é encurtada por não ter audiência satisfatória".
No dia seguinte, no jornal "O Globo", a colunista Patrícia Kogut escreveu: "A verdade extraoficial é que o namoro de três protagonistas de "Aline" dividia opiniões nos bastidores desde a primeira temporada. Uma corrente mais conservadora não gostava mesmo do programa".
Na quinta-feira, Kogut voltou ao assunto para informar que "a Globo, através de sua assessoria, diz que houve problemas de audiência". Na Folha, ontem, Keila Jimenez informou que a direção da emissora não gostou de ver uma sugestão de "suingue" entre os casais formados pelos pais separados de Aline.
Por falta de audiência ou excesso de moralismo, ou ambos, o fato é que a suspensão de "Aline" sinaliza uma condenação à ousadia e premia os que apostam em mais do mesmo na TV.