segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012 - Postado por Kamila Silva às 05:05

Velha e Louca

Mallu Magalhães
Pode falar que eu não ligo,
Agora, amigo,
Eu tô em outra,
Eu tô ficando velha,
Eu tô ficando louca.
Pode avisar qu'eu não vou,
Oh oh oh...
Eu tô na estrada,
Eu nunca sei da hora,
Eu nunca sei de nada.
Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho,
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom.
Pode falar qu'eu nem ligo,
Agora eu sigo
O meu nariz,
Respiro fundo e canto
Mesmo que um tanto rouca.
Pode falar, não importa
O que eu tenho de torta,
Eu tenho de feliz,
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta.
Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho,
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom.
Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho,
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012 - Postado por Kamila Silva às 07:23
"Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência." - Martha Medeiros

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 - Postado por Kamila Silva às 05:31
"Esta em todo canto, cada parte que olho, uma noticia estranha:dizem que voltou! O ar da cidade, o mesmo que você respira agora, me condensa a um estado impróprio de consciência, algo distante do lamentável ponto racional que me obrigo a pensar. Devido a isso, as más linguas me encaram, esperam respostas ou pequenos gestos que condenem o que penso, pior, o que sinto. Esforço a me conter na naturalidade de uma rotina, no turbilhão de trabalhos e na ausência de pensamentos. É dificil... Memórias em cada parte de mim. Você voltou? Mas por quê?"

[-Divagações a parte...]

Postado por Kamila Silva às 19:30
Queria poder dizer que tudo vai ser diferente amanhã, mas não posso. Coloco uma grande mascara de sorriso sobre o rosto, daquelas que inundam a todos com a plena certeza de alguém que nunca chora, que nunca se deixa afligir... Mas e a verdade, onde fica? Supervalorizada por todos, e completamente por mim, me deixou de canto por mais uma década sem bussola. Destino borrado por infantilidades imediatas, tateio o escuro em busca de respostas. Elas não estão lá. Deveriam estar na mesma carruagem que a verdade. Pena os cavalos dessa serem mais rápidos do que eu consigo chegar, seja com a razão e por tão menos na emoção. Complicações, charadas e mentiras a parte; ninguém entenderá mesmo. O que importa?