Postado por Kamila Silva às 21:06
Queria dizer tantas coisas pra ti, de verdade. Não, não é a coragem que falta, aprendi a te-la na marra em muitos casos e em outros tu mesmo me ensinou. Lembra que me dizia que sempre que eu fugia – acontecimento de certa frequência – o motivo da fuga me encontraria depois?  Só sei que tu não me achou e isso é algo que eu não consigo entender.  Ou pior, você estar, mas não do meu lado. Não do modo que todos sabem, ou melhor, nos sabemos, ser o certo. Você nunca gostou do certo e agora vai se rebelar até que não seja mais a hora... Sinto dizer, mas vou torcer para que passe rápido, afinal, acho que finalmente cansei. Sim, até das conversas, dos risos, do modo que parece tudo ficar mais fácil quando esta por perto. Cansei de esperar que se interesse, que deixe seu tédio de malandro paulista desgovernado a ponto de sentir minha falta e que sempre orgulhoso demais me de um sorriso sem jeito e disserte o quão difícil é sua vida. Mas ela não é e nunca foi. E sabe, vai ter que encontrar outra pessoa para ver tudo que esconde, pois meus ares sherloquianos ficaram fechados para balanço em relação a você, e quando alguém nem ao menos notar a curva ligeira que faz com os lábios ao estar chateado espero que realmente lembre que eu adorava zombar dela a ponto de te fazer rir. Não por vingança, não é isso, mas realmente um anseio de perceber que raramente vai achar alguém que te ve além do seu cabelinho bonito e guitarra elétrica. Como diria a Bernardi, dá ta certa dó de ti. E só meus nervos sabem o quão você sabe aproveitar disso e fazer cara de pobre coitado que precisa de carinho. É um ponto a seu favor: não vai faltar mulher dando isso pra ti, ou dando qualquer coisa, para ser sincera. Não, também não vou sentir ciúmes ao pensar nisso e nem na falta de seu jeitinho de dizer que era hora de ir pra cama em noites frias. Sabe, a noite ta fria hoje e o mundo caiu nas minhas costas, mas você não esta aqui. Será que entende? Não, mas vai entender quando aparecer novamente na minha porta bêbado e eu te deixar lá fora. Sei que duvida e sei que nos próximos dias, ou talvez meses, eu duvide de mim também. Sei que resistirei bravamente a responder os dois milhões de sms´s que manda, de atender as ligações no meio da madrugada ou de quando sair mais cedo da sua aula de Trabalhista e dizer que precisa escutar minha voz eu simplesmente dizer que estou muito ocupada pra ti. Exato, mais do que tudo, eu quero estar muito ocupada pra ti! Mesmo que isso signifique a novidade assustadora de ficar sozinha por um tempo em companhia de um livro, musica ou sorvete, de desligar os sorrisos programados e perceber aquele loiro incrível que me faz bem e dar a mão a torcer que pode ser assustador começar de novo, mas mais errado é esquecer muito do que acredito e ceder a seus encantos toda vez que aparece. Hoje faz três meses que estamos nesse “quase” separados, nove meses que estamos nesse “quase” juntos e acho que finalmente nasceu. Nasceu minha vontade de te dizer essas confusas palavras que só esclarecem que o tempo vai passar de novo e de novo, e que quando perceber que a hora certa passou, essas que até seus amigos da balada da Augusta admitem ser, e sentir um pouquinho de desprezo pela sua falta de capacidade de perceber que foi tudo por sua típica vontade de contrariar, de fugir dos seus próprios sentimentos e duvidas, que a falta de coragem foi sua e por isso eu não vou estar mais ali. Ironico, eu sei, mas como ama dizer, o que seria da vida sem as ironias?!

Postado por Kamila Silva às 11:08
Já tomei minha dose por hoje, e essa, além de seu poderoso articio alucinógeno - conhece algo que de mais ilusões? - conhede-me arritmias, desconcentraçao e agonia... Porém, a abstinência é pior, afinal, mesmo fazendo tanto pouco tempo do uso, a pele já alarma sua falta. O que posso fazer? Dificilmente havera mais consumo hoje, mais atenção e calma. Céus, a fala é tão solta quando na sua presença, a auto-estima se engrandece e seu simples sorriso me abastece de uma forma que pouco penso, pouco racionalizo e tanto sinto. Devia procurar em qualquer esquina algo, ou alguém, que me conceda sem cobrar tanto o que me proporciona sem ao menos imaginar, mas é óbvio que apenas drogas mais fortes gerariam tolerância. Entretanto, a grande questão se instala, há droga mais forte que esse sentimento? Ou ainda ei de descobrir um pior? Se assim o for, temo minha vida. Sim, pois se isso ainda for ligeiro e leve, mas que já causa tanto reboliço, imagina o que será quando de fato ocorrer tal overdose... Deveria entrar em alguma clinica de reabilitação antes que o pior aconteça, mas e essa, onde seria? Uma boate, um bar, uma esquina? Eis o lugar onde as filas crescem cada vez mais a procura de cura, mas acho dificil, afinal, tal solução só me deixaria com mais plena certeza que prefiro o extase de sua compania e a heroina de seu companheirismo... Dificil condição de um dependente, eu sei. Mas o que posso fazer? Vicie sem ao menos perceber, desprotegida em minha ilusão de bem querer sem troca, de atenção rara e quando dei por mim: tarde demais. Janis Joplin que se cuide, acho que minha overdose é pior..

quarta-feira, 4 de abril de 2012 - Postado por Kamila Silva às 17:27
"Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo." - Caio F Abreu



terça-feira, 3 de abril de 2012 - Postado por Kamila Silva às 19:07
É engraçado - e também uma tortura - sentir tanta coisa ao mesmo tempo quando se aproxima. Pensar e elaborar difíceis discursos com conversas irônicas, leves e de gosto do quero mais, mas que apenas em raras ocasiões são seguidas. Não, normalmente há apenas uma muda solidez de saber que não é um personagem que eu dirijo, que é totalmente difícil ler seus humores e reais pensamentos - Percebe que sua humanidade de as vezes falar o que não pensa me irrita? - Mas ai, quando certas  palavras escapam de seus lábios e conseguem emitir aquela sensação mais agradável que cappuccino em dia frio, eu me pergunto: como pode? Sei que não é possível, sei que é caminho de uma mão só. Sim, eu sei de tudo. Juro que consegui fazer alguns testes de QI na Internet, mas esse tom é novo. É curioso, engraçado e torturante, mas tão bom. Mão única, mão única. Repito inúmeras vezes... Concentro-me que talvez sejam ilusões para preencher alguma solidão remascente de rotina ensandecida, mas ai como sempre, minha atenção se esvai e a imaginação se aflora: Já pensou como seria? Claro que não, é uma mão unica. Tristes mãos únicas, acho que pela primeira vez sinto falta de um congestionamento.

segunda-feira, 2 de abril de 2012 - Postado por Kamila Silva às 11:27

É dificil andar pelas próprias pernas, sempre dá vontade
de esticar a mão e pedir um auxilio de quem esta mais próximo. No entanto,
em grande parte das vezes, nessa cidade em que o conhecido mal lhe olha, 
quem se aproxima muitas vezes não é por querer estar perto, é por falta de espaço. Espaço
vital, acessivel, condicional de ar e aconhego. Estranho me dar tão bem por aqui, eu sei, 
mas talvez precisasse de espaço para descobrir como as minhas pernas funcionavam por si 
só, que se eu caisse, o único jeito seria levantar.