22 anos

terça-feira, 26 de março de 2013 - Postado por Kamila Silva às 08:15
Uma pessoa importante me perguntou como era fazer 21 anos no ano passado, disse  tolamente que não tinha nada de diferente e achei que também não haveria de ter aos 22, “é só uma data afinal”, mas acho que ao cantar parabéns essa semana levo alguns fatores bem destoantes. Não, ainda não é hora de falar que estou menos neurótica, perfeccionista e que deixei de querer resolver o mundo por mim mesma, sinto informar, mas isso provavelmente não vai mudar. Mas aprendi tantas coisas, fiz coisas que disse que nunca faria, estudei o certo e o errado de perto,  ponderei importâncias e desisti de pessoas que acrescentaram um dia, mas que seguiram para outro lado diferente do meu, e me desculpei por desistir delas. Me desculpei de desistir de muitas coisas, pois abrir mão para mim sempre foi um erro, tinha que ser forte até o fim, além de qualquer conseqüência que me afetasse e nisso, sempre que me via obrigada a desistir de algo, achava um erro absurdo. Algo que em seu defeito também tem sua positividade, pois foi o que me impediu de desistir da faculdade no ano passado, em balancear o amor e ódio sentido pela Arquitetura, de entender as responsabilidades que a vida adulta trouxe não só como um lado ruim e até perdoar o Peter Pan por ter me deixado crescer. Não li tantos livros quantos nos anos anteriores, mas vivi muito mais e criei minhas próprias histórias, porém não no papel  - e juro que deixar meus livros e contos nunca terminados para trás foi bem difícil – mas na vida real. Realidade sempre foi complicado de ser digerida por mim, afinal ela tirou tanta gente que eu amava de forma tão bruta e me mostrou desde cedo que não existe tantos finais felizes como eu imaginava quando bem criança. Acho que pela primeira vez, consegui mesclar a garota superprotegida  que vivia em seu conto de fadas particular e a undergroud feminista de coturnos pretos da adolescência e criar essa nova mulher (ual, uma palavra com tantos significados!) que tenta ver todas as possibilidades e lados, que se força ao extremo para ser melhor todos os dias, porém perdoa muitos de seus defeitos e os defeitos do mundo, porém não deixando a luta de ver esse mundinho um lugar melhor, pelo menos o mundinho das pessoas que me cercam. Tenho a agradecer muitas pessoas por isso e dizer que realmente ainda há muito o que melhorar e se fazer, realmente perdoe-me por todas as asneiras e modo de ser e vou ser sincera, pretendo errar muito ainda, pois se tem um ponto a ser considerado como maior destaque durante esse bem dito 21 anos foi que com meus belos erros consentiu-me em bons acertos.