sábado, 15 de outubro de 2011 - Postado por Kamila Silva às 17:41
E eu que queria utilizar esse blog como um repertório, algo como um acompanhamento de tudo que me cerca, quase um diário sem "meu querido diário". Teria minhas fotos, meus textos, experiências e noticias que marcaram... Deve ter dado certo por uma semana. No entanto agora é quase mais um utencilio inutil. Poderia ser fatalmente hipocrita afirmando que isso vai mudar, mas convenhamos que tento mudar em tudo, mas nada parece de fato acontecer por mais de, bem, uma semana. Rá!
De verdade verdadeira sei que não escrevo nada a tempos, não só aqui, e se considerar  que o ultimo conto da médica está plenamente ligado ao fato de assitir House demais, ainda tera mais tempo ainda. As vezes temo que a Ana tenha morrido, melhor, partido, já que pseudonimos e personagens de certa forma não morrem. Que, não sei, deu lugar a dita adulta Kamila Silva, trabalhadora e estudante de Arquitetura (Aiquetortura muitas vezes!), a racional que beira ao insamo emocional; a que foi Ana tantas vezes que agora acha que, ou perdeu tudo a não ser mais ela, ou simplesmente não sabe ser quem é de fato.
Sem cores alaranjadas, sem conversas inteligentes e sem meus escritos... Sem minha graça.
Eu sei, nunca fui Clarice, nunca fui nem tão mediana escritora, mas, pateticamente, eu  era uma. Agora não desenho, acredite quando digo que não considero planta baixa um desenho, não escrevo e não amo. A nuvem artistica que diziam me rondar se esvaiu assim que o primeiro mestre academico me olhou. Assim sendo, me condeno na metade das vezes ao pensar que não me esforcei tanto quanto devia, nas outras me enxergo com os olhos de todos que me cercam e vejo apenas a garota, qual é, a moça de vinte anos neurótica e sem vida social. Não é uma bela visão. Sei que sou viciada no perfeccionismo, sei que pode ser que ele não exista, mas não sei, digo, desesperadamente não sei, como não tentar te-lo. Algo tinha que fazer sentido, juro que tinha, mas nada,
Talvez eu consiga passar o primeiro ano sem nenhum exame, talvez eu va um mes inteiro trabalhar sem ter uma crise e de repente, só de repente, eu consiga escrever, já será o bastante? Dúvido muito... Procuro algo que eu sei que não vou encontrar e, em tal dimensão, me faz enteder que já não acredito em milagres. Em uma comparação de humor negro diria que são como doenças graves e desgraças, parecem que nunca ira acontecer com a gente - até que acontece, minha mente quer completar a frase, talvez ainda me reste inconscientemente um pouco de esperança. Acreditar em Deus causa essas coisas... Agora lágrimas me vem aos olhos e sei que é por analisar isso, temo fracassar nisso também. Mais um elo na perfeição que eu não atinjo.
 Não acredito em boa parte da Igreja católica a qual fui criada, não vou a missa por ser apenas um templo e não devo confessar a, não sei, uns dois anos, digo, não com um padre pelo menos, pois acredite, Deus deve estar de saco cheio de me escutar a noite. Mas, céus, eu realmente acredito Nele e quando minha razão tenta mais uma vez me derrubar isso, quando ela tenta trair meus pensamentos, rogo a fortaleza que eu seja mais forte, preciso Dele mais do que confesso. Acredito que o mundo inteiro precisa, a propósito, é a ponderação, o algo maior, o único sentido. Assim o vejo, não sei se como um homem, não sei se em tantas outras formas que ele assume nas outras religiões, mas um Deus supremo que faça com que tudo tenha sentido, razão e porque.
Ual, começamos com uma analise da inutilizade desse blog e chegamos a Deus, incrivel como se pode pensar em nada e de repente virar uma analise de vida tão repentinamente. Mas, e dai, o que vai acontecer a partir de agora? Uma luz surgira e resolvera tudo? Qual é, sabemos que não... Ainda vou acordar amanhã tarde, passar um domingo como outro qualquer e continuarei a tentar escrever, desenhar e imaginar, então chegara segunda feira que me desligara de uma coisa ou outra e acionara o outro compartimento das intenções, vou ser boa funcionaria e me dedicarei novamente ao apice nas aulas, terei algumas conversas futeis, vou fingir que não me importo com muita coisa que me cerca e sorrirei intesamente com as pequenas coisas que realmente me parecerem boas. Essas pequenas coisas andam salvando minha sanidade, fato. Voltando a Deus, sei que ele sabe de todos os meus pedidos, e espero egoisticamente, que saiba de todos os meus agradecimentos também. Fica dificil escrever, mas espero que saibam que não sou tola o suficiente para me classificar de infeliz, tenho graças e como tenho, mas como humana, e no caso, ainda por cima, perfeccionista patológica, sempre analiso as falhas. Mais um defeito? Que diferença faz?
Resmungo por alguns segundos e proclamo a mim mesma que esse texto já esta grande demais, o pacote de bala parece no fim. - Viu? Eu sempre digo que sou uma viciada em potencial, imagina se no lugar dessas balas tivessem cigarros, bebida ou até drogas?  Fui Ana aos onze anos e desde então tinha meu lugar de escape na imaginação e por mais duro que seja não ser, ou achar por então não ser mais Ana, não quero ser burra o suficiente para fugir nesse outro meio. Haveria mais erros depois, e adivinhe só, odeio errar. Assim, como pateticamente irei terminar esse texto-barra-desabafo sem nenhuma outra frase espetacular, obrigo a utilizar um clichê bem demodê, porém bem utilizado no meu caso: Um dia de cada vez.